CONFINAMENTO
Efluem, vão às carnes os perfumes.
Transdérmicos, alcançam profundezas,
ainda mais agitam correntezas
que, em nós jorradas, soltam seus volumes.
Olhares de expressão vibrante, lumes,
respondem, com furor, delicadezas
e, em volta, paredões de fortalezas
encerram nossos lúbricos ardumes.
Um turbilhão de afeto nos confina
e acende alacridade cristalina
nos rostos satisfeitos, flutuantes.
Enquanto a sedução se impõe, em riste,
lá fora, nada importa, não existe
porque de um Éden somos habitantes.