MAQUINISMO
Cansei dos " deuses" que tudo podem
E das patéticas soberanias!
Das mãos funestas que lançam aos pobres
Migalhas podres das vãs orgias.
Cansei das máscaras das falsidades
Das fomes lúdicas em sintonia!
Das falas doutas sem lealdade
Dos tempos idos à revelia.
Das mil promessas profetizadas
Cansei dos púlpitos à ignorância!
Em cada verso só mãos cansadas
Nas rimas parcas de esperança.
Do joio fétido que sopra a máquina...
Ao pó da Terra sem temperança.