OLHOS TRANSNOITADOS
Os meus olhos transnoitados
De chorar causas perdidas
Amanheceram avermelhados
Por trás das lentes esmaecidas.
Não são olhos alucinados
Por substâncias ingeridas:
São, antes, injuriados
Pelas desvirtudes da vida.
Quero estes olhos marejados
Por emoções mais amigas
Não mais assim maltratados
Por agruras desapetecidas
Que não amanheçam rajados
Por chorar causas perdidas.
*Aviso aos críticos de plantão:
Soneto na estrutura, mas sem métrica.