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SOLIDÃO A DOIS
Cala-se quieta e a natureza já influencia
Enquanto o maestro rege os passarinhos...
O arco-íris do silêncio, toma nosso ninho...
Mas lá fora um canário, ecoa a Ave Maria...
Ignoramo-nos sempre, e a saudade bate
Com o Sol alaranjado em inclinação final
Entre nós e o horizonte, o silêncio mortal
Alimenta da solidão, dores que têm faces...
Ver no céu negro, nuvens trazendo medo
Míngua a esperança preservada até agora...
Ela olha em meu rosto e tal criança chora...
Quebro o silêncio cantando seus segredos
Guardados em versos e Ela jamais ignora
Pra solidão dos dois, vir ao fim nesta hora...
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