Nos somos da paixão mero objeto
Nós somos da paixão mero objeto
Logrados da razão, uma vil trama
Os olhos cegos, laços de quem ama...
...ao leu, vagando em rumo incerto
Hoje se gloria de enganosa chama
De atro fado, fraudulento e abjeto
Fim de quem louva a flor do desafeto...
...é chafurdar em tal podre lama
Alguém então dirá que esta feliz
Tal ébrio em busto de meretriz
Ignorante do grau de sua baixeza
E na penúria deste amargo fado
No singelo anseio por ser amado
Abrimos mão de nossas defesas