Soneto da saudade
A cada palavra taciturna
Fico à mercê de uma essência
Nada útil, e algo que era soturno
Penetra a grande veemência
De uma vontade de ter-te
Como eterno amante de outrora
Que nunca jaz o desejo de ver-te
Como algo que rompe a aurora
E permanece a riqueza da realidade
Jamais esquecida: esse amor
Que se torna uma prioridade
Sem nenhum pingo de temor.
E aquele imenso desejo e saudade
De amar-te se torna um grande ardor.