Nos sertões de BH
Quando amanhece nos sertões de BH,
Ouço as buzinas e os ruídos dos pneus;
E no meu prédio a encantar ouvidos meus,
Os cães começam a latir, e é sem parar.
E vêm os ônibus que deixam o ar tão puro,
Que abro a janela pra deixar todo ar entrar;
Percebo o céu tão cinza e lindo a se mostrar.
Não há lugar tão comovente assim, eu juro.
Vou para a rua, vou curtir minhas quebradas,
São tantos postes, fios soltos, que ternura!
Casas e prédios bem pichados, que finura!,
Sacos de plásticos, papéis pelas calçadas,
Carros de som anunciando as promoções...
E vem a noite, abrem-se os bares nos sertões.