SONETO
Da taça do amor, até a última gota, eu bebi;
Um fogo abrasador minha cabeça devorava,
Uma chama viva ao meu peito incendiava,
Não tinha caminho de volta, do meu eu me perdi.
E em tal estado de insensatez e demência,
Razão, lucidez, eram apenas míseros dardos;
Não tocavam o mais profundo da inconsciência,
A matéria corruptível da qual eu era formado.
O que pode um ser frágil diante de tal soberania?
Urra, esperneia, grita, se entrega e se humilha,
Não adianta ter coragem, nem mesmo valentia.
Sofre sem sentido, chora sem ter desejado,
Quer fazer algo e não pode, pois sua vontade
Encontra-se subjugada, aos pés do ser amado.
Da taça do amor, até a última gota, eu bebi;
Um fogo abrasador minha cabeça devorava,
Uma chama viva ao meu peito incendiava,
Não tinha caminho de volta, do meu eu me perdi.
E em tal estado de insensatez e demência,
Razão, lucidez, eram apenas míseros dardos;
Não tocavam o mais profundo da inconsciência,
A matéria corruptível da qual eu era formado.
O que pode um ser frágil diante de tal soberania?
Urra, esperneia, grita, se entrega e se humilha,
Não adianta ter coragem, nem mesmo valentia.
Sofre sem sentido, chora sem ter desejado,
Quer fazer algo e não pode, pois sua vontade
Encontra-se subjugada, aos pés do ser amado.