O Sepulcro de uma rosa
Naquela gelada cova em que dormia
Sombria, solitária e horrorosa
Jazia nessa umbra cavernosa
Muitas lembranças de minha alegria
Cobria-lhe com alfombra tão lodosa
Os restos de tua carcaça fria
Contrário esta letárgica melancolia
Em face de minhas lembranças gloriosas
Olhos brilhantes, joia desejada
Pelo infortúnio eternamente fechada
Mãos delicadas que me deram vida
Hoje lhe visito em profunda amargura
Vendo-lhe confinada em meio as sepulturas...
...e na companhia de arvores retorcidas