"Como um cavaleiro branco!"


Se tu viesses como um cavaleiro branco
Orvalhado pela manhã do meu instinto
E ficasses a chamar-me como um canto
No porvir deste  nosso último recinto!

Se fôssemos flores de Maio cor-de-rosa
Nas praias donde Maio quase se retira,
Enrolado nos panos da paisagem silenciosa
Com a  sonoridade da ausência da lira!

Ah, as sementes que te exigem em declives
Entre abismos onde nunca te despenhas
E esfumados voos em que te embebes e revives !

O que de ti já pousou no cume das montanhas!
Inútil decifrarmos este oráculo de ave absorta
Na incontinência do voo que a abrasa como dizes!
Maria Augusta da Silva Caliari
Enviado por Maria Augusta da Silva Caliari em 31/05/2018
Código do texto: T6351437
Classificação de conteúdo: seguro