SEM SENTIDO
A vida a se esvair, quem se ressente?
Quem ousa o lobo algoz, paralisar?
A vida segue exposta sem altar,
O amor que se professa, incoerente.
E o mundo vai girando impenitente...
Permite que o mal possa ditar
As regras, sem qualquer dano expiar,
Regendo tanta dor, medo insolente...
Questões que vão sumindo sem a lente...
Quem morre não precisa reclamar?
Quem fica vai tentando enraizar...
Ao que vier, o passo inconsequente...
E tudo a sucumbir, reino invertido...
E a História esvaziada de sentido.