Ao filho que nunca terei
Filho de minha ancestralidade
Fruto que almejei em minha ânsia
Desventurado em negras circunstâncias
Brotou dentro de mim paternal vontade
Filho que não terá nunca uma infância
Se atormentando em humanas vaidades
Aglutinando-se em violenta sociedade
Esta humanidade que me causa repugnância
Em amargura em avançados anos
Vê que é ilusão o labor do ser humano
Trazendo a herança de muitas despedidas
Oh almejado, oh meu filho amado
Não lhe condeno com um infeliz legado
Para lamentar desafortunada vida