ROTA DO ESQUECIMENTO
(Interação ao poema LEX GENERALIS,
do Poeta Carioca)
Grão por grão a fina areia se esgota
Na vítrea ampulheta que me coube.
Ao notar, quis pará-la, mas não soube,
Desta viagem já conheço a rota.
Não sou o último nem o primeiro,
Entre todos sou apenas mais um.
Que me enterre numa vala comum,
É o pedido que eu faço ao barqueiro.
Não quero solidão neste momento,
Quando uma nova fase inicio
Trilhando a rota do esquecimento.
Lá, onde o desconhecido me espera,
Livre do lastro que deixo em monera,
Mergulho cego no eterno vazio.