Século XIX, quando no Brasil havia Gigantes e Heróis, e hoje mal sabemos para onde caminhamos...
Eis que o professor Thomas Giulliano na Universidade S. Jerônimo, chamou de Cirineu a Carlos Gomes, Joaquim Nabuco e André Rebouças e aquilo me inspirou deveras.
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SONETO AO HERÓI CARLOS GOMES

Pétala alva separa então... O Gigante!
na treva apoteótica do nada...
No drama Guarani* que o som agrada
e as mudanças de Glória enfim o cante.

Carlos Gomes**, Herói feito distante,
um Cirineu*** da Cruz Negra cantada,
tragédia escrava nele já amputada
como "Ordem e Progresso" tão castrante.

E as pétalas flutuando à Redentora****,
que assistira o garoto no apogeu
soubera ali que a Luz fora pastora.

Mesmo em sua Alvorada***** acolhedora,
tudo que a Monarquia ali sofreu,
não seria a República coautora.


(*) Obra talentosa de Carlos Gomes;
(**) Gigante abolicionista e nem citado pelos de raça negra no Brasil de hoje;
(***) Cirineu, quem em determinado momento da via sacra ajuda Cristo a carregar a Cruz;
(****) Redentora é a Princesa Isabel;
(*****) Alvorada, início da Ópera Lo Schiavo, com dedicatória a Redentora.
Nos comentários, a carta de Carlos Gomes à Redentora sobre a Ópera Lo Schiavo.