Perdoem-me
Perdoem-me pelo mal que me flagela
Se não projeto flores de minha desgraça
Para plantar sorrisos com "boa" trapaça
E em amargura falar de coisas belas
Se não falo de amor, de luz e graça
E não faço das sombras uma aquarela
E ser um benfeitor de falsa tela
Ocultando a dor que nos meus olhos passa
E não faço da mentira uma poesia
Plantando os frutos da hipocrisia
O dissimulador de uma ficção
Escrevo do que estou sentindo
Não compondo agradáveis versos lindos
Alheio a minha tristeza, pranto e solidão