O VINHO
Eu bebo um cálice de vinho ao embalo das nostalgias,
Evocando com volúpias dolorosas as velhas aspirações
Provenientes daqueles tempos de fugazes alegrias
Envoltas pelas mais inebriantes sensações.
As minhas singelas e ricas reminiscências
São vinhos raros nos quais almejo saborear
Em noites de surpreendentes vivências
Que marcam como poesias que me fazem divagar.
O vinho reina nos sonhos dos bons amantes,
E está presente em dias inteiros de inspirações elevadas
Que provém dos seus amores sempre extasiantes
Degustados em ocasiões perfeitamente apropriadas.
Do vinho dimana prazerosos ardores no elo de um casal
Contagiado pela veemência de uma entrega total.