Batalhando
Eu sinto, em mim, uma tristeza enorme.
Sou a batalha entre o dever e o prazer
Batalha indómita que urge vencer…
A minha luta, luta desconforme.
Duelo intenso na alma que não dorme.
Cérebro febril, sem transparecer
Num corpo que não quer esmorecer…
Teimando em lutas que tudo transforme.
Assim, passam os dias da semana.
Assim, passam todos os meses do ano…
Num carrossel oito da mente humana.
Gerindo o religioso e o profano
Tento a alma salvar duma vida insana…
Sorvendo a vida até ao tutano.
Lucibei@poems
Lúcia Ribeiro
In "Sonetando”
Modocromia, Edições
20/05/2018