RENDIÇÃO
Que a morte me abrace é noite, é inferno
Aonde nem me perco e nem me encontro
Andando em círculo fico em mesmo ponto
E o tempo não permite um contraponto.
Por que seguir se nada mais postergo?
É tempo já que tanta dor acabe...
Que nada exista e mesmo o céu desabe...
Um outro rumo busco e não enxergo...
Diante da chibata não me albergo
Pois sei que mais adiante em dobro, o fogo
Por mim, mesmo vencido, o fim do jogo.
Vem, morte, amiga minha e sem mais papo
Recolha o meu restinho que em fiapo
O fio que me prende a este Opaco...