RENDIÇÃO

Que a morte me abrace é noite, é inferno

Aonde nem me perco e nem me encontro

Andando em círculo fico em mesmo ponto

E o tempo não permite um contraponto.

Por que seguir se nada mais postergo?

É tempo já que tanta dor acabe...

Que nada exista e mesmo o céu desabe...

Um outro rumo busco e não enxergo...

Diante da chibata não me albergo

Pois sei que mais adiante em dobro, o fogo

Por mim, mesmo vencido, o fim do jogo.

Vem, morte, amiga minha e sem mais papo

Recolha o meu restinho que em fiapo

O fio que me prende a este Opaco...

ANA MARIA GAZZANEO
Enviado por ANA MARIA GAZZANEO em 20/05/2018
Código do texto: T6341523
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