As Vozes da Alma
Do limbo azul ao negro véu da área densa do Astral
O marco inócuo da linda mácula na alma humana
O erro pálido na sombra da criação mundana
O bem, sinuoso belo, manchado pela sombra do mal
Falácias inescrupulosas acobertam verdades libertas
Nas mentes famintas por sangue de almas limpas
Sentes o cheiro do medo? Sentes? Diga! Não mintas!
Enxergando a morte calado de baixo das cobertas
Os ventos do norte carregam a dor das vozes chorosas
Parecidas com o leve branir dos galhos das árvores
Massageando o rosto da manhã com tantos pesares
Do cio da alma preso pelo canto choroso animal
Ao gosto da liberdade vestido na pele de um amor puro
Que se perde num gosto singelo de manga com sal
Graciliano Tolentino
01/08/2009