VIDA DE PESCADOR
O dia vem me ver, ainda bem cedo
As pálpebras se abrem sobre o mar,
Dentro delas o sol como um olhar
Que fita os meus olhos pasmos, quedos...
Acordam-se ao pomar aves canoras,
Gorjeiam na eufórica alegria
Num coro dedicado a um outro dia...
Se despedindo em fim da nova aurora.
E o sol como um balão imenso em chamas
Eleva-se aos céus todo imponente.
E a musa se espreguiça, sai da cama
Se arruma, dá-me um beijo, faz café...
E o barco na marina então me chama,
E a volta é na quinzena que vier.
Geraldo Altoé
Serra, 19/05/2018