"A MORTE DE UM VIRA LATAS."

Pelas noites frias, também sem lua;
Transeunte pelas ruas da cidade,
Quando a saudade se for, flutua
Na esperança, o peito invade.

Viaja o cão que nas ruas noto,
Os sacos rasgando, latas tombando;
Dali é que este a fome mata,
E a ira do povo aumentando.

Sem esperar que pedrada receba,
Perdendo a fome na dor a sentir:
Uivando de dor que esconder-se vai.

Sem saber quem o fizera, perceba
Deixar osso achado, e dor curtir,
A esvair-se pela fome, solo cai.

BARRINHA, 14 de maio de 2018.
Aibs1953@gmail.com
antonioisraelbruno
Enviado por antonioisraelbruno em 14/05/2018
Reeditado em 14/05/2018
Código do texto: T6336161
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