E tu, qual é a tua função?
O professor fala muito de educação.
O poeta divulga a nobre poesia.
Com um enorme respeito e grande alegria
Ambos falam sobre a sua digna função.
O político fala, fala, sem noção.
O advogado defende o crime, a cobardia.
Lábia que os ocupa todo ano, todo o dia
Ambos debitam paleio com intenção.
E o pobre de Deus, o indigente, o miserável
Sem um trabalho que o permita alimentar
Vive triste, infeliz e de forma impensável.
Arrasta a vida até onde possa chegar
Uma vida mui chorosa, abjeta, execrável
Que a sociedade devia envergonhar.
Lucibei@poems
Lúcia Ribeiro
In “Sonetando“
Modocromia, Edições
13-05-2018