HORAS FRIAS!

Sentado em sua cadeira de balanço,

O ancião matuta sobre a nobre vida:

A que passou a que passa e a que... inserida

Está a deixar no olfato certo ranço!

E nesta dança toda, com quem danço?

Com o vento como essas folhas caídas?

Com o tempo, e sua música comovida,

Sempre a passar num trivial avanço?!

Da balada antes, lenta agora a música...

As horas a passar de forma rústica,

Vão ditando o marasmo desses dias.

Até o grande momento da partida,

De chegar ao apogeu dessa subida,

E ver suas horas se tornarem frias!

Miguel de Souza
Enviado por Miguel de Souza em 12/05/2018
Reeditado em 13/05/2018
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