Eu não queria
Eu não queria, mas vejo tudo cinzento
Numa vida que se espera seja mui linda
Alma e corpo numa atitude desavinda
O que torna este meu viver mais pardacento.
Este é o eterno, o derradeiro lamento
Lamento daquela que teima e porfia inda
Viver sua vida sem estar na berlinda
Com um amor muito sincero e encantamento.
E parto sonhando com a doce harmonia
Sonho beijos, abraços, muita carícia
Emoções urdidas em total sintonia.
Gestos acesos e palavras com malícia
Para quebrar o jejum e a monotonia
Fazendo das nossas vidas uma delícia…
Lucibei@poems
Lúcia Ribeiro
In “Sonetando“(Alexandrino)
Modocromia, Edições
11/05/2018