A Filosofia da espada
Nas terras áridas e sem vida dos vales silenciosos
Eu encontrei uma viajante de uma terra distante
Que disse – além da cólera e desespero tu obterás a espada.
Próximo a ela ergueu-se uma radiante centelha
Que aos confins de rúbidas rochas
Irradiou inúmeras memórias Póstumas.
Com a guia transcendental
Caminhei sobre colossais lagos de sangue,
Sobrevoei junto a absoluta aniquilação
E contemplei a tenacidade franzida.
Com o cume afiado a luz esvai junto á decadência silenciosa
Das anomalias descomunais, infinitas e degeneradas
Emergiu um epitáfio monumental, cuja expressão feminina
De virtude e sabedoria pairava sobre a cristalina filosofia.
E no supedâneo esta mensagem aparece:
Trago a esta terra distante á lâmina mais cortante
Pois Causo a divisão entre a razão e a enganação
O escárnio, da verdade divina, a tirania da liberdade.
Meu nome é Palas Atena, sábia dos sábios:
Contemplem minha obra, ó poderosos, e desesperem-se.
Em homenagem ao aniversário de 200 anos do soneto; Ozymandias do poeta inglês; Percy Bysshe Shelley.