DECIFRA-ME OU TE DEVORO
Ele é um monstro terrível, insaciável.
Onívoro, devora tudo que alcança,
Inútil tentar feri-lo com uma lança,
Que ele a devore é o mais provável.
Em sua fúria, quanto mais come mais cresce,
Como uma peste, nada fica aonde passa,
Tudo some, como uma nuvem de fumaça,
Só depois de saciado ele adormece.
Vez por outra tem seus momentos de aventura,
Quando voa livremente pelas alturas,
Acomodado nas narinas de um dragão.
Mas apesar de seu temperamento quente,
Quando domado ele é tão inocente,
Aprisionado nas bocas de um fogão.
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Agradecendo a bela interação do poeta André Luiz Pinheiro
Advindo do sem tempo, arde eterna,
Atrito da fagulha faz a chama,
E o medo se instalou, primeiro drama,
Após saírem todos da caverna.