AS VERDADEIRAS JANELAS DA ALMA...
Os fios brancos dos meus cabelos...
Lembrando não só da idade e desejos...
Além das dores guardadas ainda mornas...
Que sempre perguntam por você... Cadê?
Detalhes no ar que só eu vejo...
Sugando-me a alma qual um percevejo...
De uma criatura tombando morta...
delirando ao perguntar... Porquê?
Em resposta seu olhar em gracejos...
Contra os meus, então os fecho...
Como se cego eu não pudesse lhe ver.
Mas se existem janelas da alma, antevejo...
Não são os olhos calejados, e ensejo...
Abrir as do meu coração e debruçar você.