DESCONSTRUÇÃO
Tiraram todo o verde da avenida
Ergueram tantos prédios sobre o asfalto
Acorda a natureza em sobressalto
Os pássaros se foram sem comida
As grades colocaram nas janelas
Nos olhos... coração e também n' alma
No medo foi-se a paz também a calma
E as lindas azaléias amarelas
O rio poluíram, o ar... a mente
Nublaram nosso céu... o dia... o fato
O certo hoje é errado... simplesmente
Restou concreto onde era tão abstrato
Quem dera germinar uma semente
Na fenda aberta neste rude asfalto
Yeyé*
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MAGNÍFICO SONETO, DO AMIGO
E NOBRE POETA RICARDO CAMACHO
*** LÁGRIMAS VERDES ***
O espaço verdejante da floresta
Regride ao ponto zero; sem piedade,
Os desleixados "Sapiens" da cidade
Deitam na mata a mão vil que molesta!
O verde da esperança pela aresta,
Insiste na penumbra da verdade,
A modernização em potestade
Avança de uma forma tão funesta!
Corta-se mais um tronco... a lágrima arde...
A natureza chora o seu alarde
Como os sonhos na rua, sem colchão...
... Cada noite a penumbra vai mais tarde
E o dia na demolição covarde
Lança, morta, mais uma árvore ao chão!
***RICARDO CAMACHO***
Obrigada, Ilustre Poeta, é uma honra
tua presença na minha escrivaninha
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POETISA ESTHER LESSA
***QUE VOLTE A VIDA !!!***
Um dia imaginei ser a mata encantada
Mas diante dela logo logo estranhei
Lenha seca e plantas sem vida... na entrada...
Com a floresta rala quão triste fiquei !
Pássaros voando sem rumo, sem ninho
Entulhos que enchiam os lagos desprezados
Animais se arrastando sem seus cantinhos
A selva com seus brios afrontados
Pela ação dos predadores,devastada...
Quase sem carnes, a vida se esvaindo...
era como uma velhinha encarquilhada...
E os bichos as cidades invadindo...
Urgência é ter de volta o encantamento
O ar limpo e toda a vida vibrante
Perfumes , sons, água boa e unguento...
Com nosso respeito tudo nela cante !
***ESTHER LESSA***
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Imagem- Google