JUVENTUDE
Os cabelos restantes, poucos, brancos
os sonhos na cabeça são saudade,
sem poder distinguir, aos solavancos
nessa idade, os vividos de verdade
Seguir torto na marcha para os bancos
das praças, como fazem na cidade,
todos, contar estórias, arrancos
que faziam valer a mocidade
As lembranças melhores, cada vez
contadas, vão ficando, mais parece
é que se fala de um lugar, talvez,
onde vive a criança, inda carece
o espírito repleto de altivez,
envelhecer no corpo que envelhece.