MEA CULPA

Se agora tudo acaba em vil lamúria,
Chilique travestido em coisa séria,
Há quem no afago veja ofensa espúria,
Sem tino e sem defesa se há pilhéria.

Quem pode com Sarcasmo em toda fúria
Do insulto que no afeto vê miséria
E fere o que é ilegítimo? – na injúria
Expurga Alma do vício, qual bactéria.

São tempos de estranhar o próprio Papa
E a paranóia é pássaro hilário,
Mas foca em cisco e é a trave que lhe escapa...

Há quem procure atento, até com lupa,
A pista do opressor imaginário...
Ardendo em culpa o ardil do qual se ocupa.

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Israel Rozário
Enviado por Israel Rozário em 07/05/2018
Reeditado em 24/07/2018
Código do texto: T6329453
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