PELA JANELA DO MUNDO
Quando olhei pela janela do mundo
As cenas decaídas dentre as multidões...
Desliguei-me do meu sono profundo
Só tentei fazer versos às tantas solidões.
A soberba tangenciava as calçadas
Das vidas amputadas sequer tinha visão!
Com a vaidade vinha de mãos enlaçadas
A tremular a maldade no cerne da boa intenção.
As migalhas as espargiam aos ares
Como se fossem as donas das tantas soluções!
Mas a criança ...já vinha à senilidade
De horizontes nublados pelas vis ambições.
Quando olhei pela janela do mundo
Até o sol ficou mudo!-no breu das corrupções.