SONETO DO FIM PROCURADO

É-me morada amor de longa data,
e assim, tirar valor de qualquer preço, 
suavizar a dor, coisas do avesso
no reviver de um pôr-do-sol, sonata.

Que alma procure cor, moldes de gesso
não aprisionem flor, arma acrobata, 
alma capitã-mor na serenata, 
que lute por calor, cada começo.

Se eu voltasse dez anos nesta luta 
levaria em nocaute este eu domando,
ao que a humanidade me foi bruta

e que a vida se aprende caminhando, 
não num tubo de ensaio sem labuta, 
mas na arte do objetivo procurando.