LÂMPEJO

Basta! Pois que me pões de ti exilado,

Se assim é, prefiro ficar sozinho;

E ser como solitário passarinho.

Melhor é! Não quero ter olhar marejado.

Meu coração recusa ser magoado

E solta faúlhas por novo caminho.

O amor é recíproco em carinho:

Coração que ama deseja ser amado!

O amor é como sagrado manto

E é gerado no âmago do idílio,

Às vezes, lavado com torrencial pranto.

O amor flutua sobre qualquer desejo

Não subsiste vivendo no exílio

Certamente morre em breve lampejo.