Alma Gótica
Instiga-me, com a tua sombria feição
Lorde dos pensamentos maculáveis.
Tu és Cavalheiro das trevas, Ser pagão;
Veneras-te, alusões intransmutáveis.
Vivestes fora do tempo, noutra época;
Sente o julgo pesado em tuas costas
Sons inauditos, num grito que sufoca,
Tens a sina dum poeta de alma devota.
Uma brandura enegrecida, raiz gótica
Anjo que caminha entre as orlas,
Dum céu escuro alumia a Lua exótica.
Essa beleza que trazes neste teu sorriso
Meus olhos encantam, meu coração avoa,
Sobre teu peito, encontrei o que eu preciso.