TEMPO REBELADO * Auroras boreais
Tu sabes, eles nunca toleraram
que fosses tu o verde da esperança
e o maduro amarelo da mudança…
…o sonho que as hienas sufocaram.
Mas tu herdaste o sangue da memória
dos ofendidos todos que caíram,
daqueles que sabiam mas não viram
que a luta acende sóis e escreve a História.
Com sangue e com suor se amassa o pão,
se amassam os tijolos, se erguem casas,
se erguem escolas, se erguem hospitais!
Nas mãos de quem trabalha há céu e chão,
há sonhos onde a vida ganha as asas
de espanto das auroras boreais.
José-Augusto de Carvalho
Alentejo, 4 de Maio de 2018.