Deixa-me poetar
Deixa-me escrever poemas de amor
A um ser amado de incógnito nome
Falar de uma paixão que me consome
Escrever emoções com destemor.
Poetando, liberto minha dor
E com ela esconjuro a eterna fome
Alívio de uma alma que quase some
De um corpo esquecido e esbanjador.
Vão-se sublimando as fantasias
Exorcizando o ciúme e o mau agoiro
Evitando da alma, as anorexias.
Luto pela paz e amor duradoiro
Quero contigo gozar alegrias
Do eterno amor, amor imorredoiro.
Lucibei@poems
Lúcia Ribeiro
In "Sonetando”
Modocromia, Edições