Amor embalsamado
Vivo sonâmbulo pelas ruas a procura de um amor antigo,
Àquele já embalsamado pelas discussões e brigas do dia-a-dia.
Mas quem é a figura que não sai dos meus sonhos seletos,
Acho que é a ninfa que me conquistou quando ainda não vivia!
Era de madeixas negras como a noite nas trevas lunares,
E loiras do Sol durante o dia pelos raios que as faziam solares.
Ides e nem viu quem eras tu para mim: de manhã, de tarde, de noite!
Eras uma semideusa perdida entre mortais como eu, uma aparição!
Vês como exclamo os adjetivos e adjuntos verbais, por que será?
Sei que é substantivo auxiliar tão expansivo que seu nome cala
Os crentes e verte os ingênuos nas emoções profundas e platônicas.
Por isso que a mim mesmo autorizo em cerimônia de fertilidade,
A conjugar-te teu nome secreto em todos os tempos do verbo AMAR!
Pois, quem nunca desejou amar na eternidade dos céus e das virtudes?