BEM DISTANTE... 
 
 
Chora a alma, saudade geme
a dor do amor profundo,
que em solidão padece e treme
distante das cores do mundo.
 
Clama o corpo, arde intensa a pele...
Sangra o sonho... Aos poucos se esvai...
A esperança, ainda que não se revele,
descrente das horas, também se vai.
 
Lembranças distorcidas e doridas
razão e emoção as repelem,
amenizando cicatrizes e feridas.
 
O tempo se encarrega dos momentos,
seu corpo no meu é passado,
folhas ressequidas nas mãos do vento...

 
2007

Anna Peralva
Enviado por Anna Peralva em 31/08/2007
Reeditado em 11/06/2011
Código do texto: T632473