Soneto a Gabriela
Peças superpostas,
Aromas idealizados,
Olhos desconhecidos,
Divagações niilistas.
Sopro e se vai o pó,
É a sua beleza que cai,
São partes de nós,
É a vida que se esvai.
Entalhar, desfazer, amar,
Descaracterizo o Párnaso,
Letras hão de te embalsamar.
Lanço as estecas de lado,
Não farei metalinguagem,
Não nutrirei qualquer afago.