FIM DE AMOR

Teu espírito anda, de mentiras, povoado.

Teu ouvido se deixou levar por falácias,

Palavras mecânicas que se fingem acácias

E cegam o coração iludido e deslumbrado.

O teu ser agora corre como fugitivo

E se distancia do amor de verdade

E professas que tens, hoje, a liberdade,

Até pareces livre, mas de querer cativo.

Eu te vejo assim fora da razão e peno,

Pois percebo que a tua mente desvaira

E que de ti recebia não amor, mas veneno.

Quero te dizer que vou vivendo sem mágoas

E, hoje, uma frase pra te dizer na mente paira:

Todo aquele amor, ontem, afoguei nas águas!