Apaixonados
Deita-te aqui, perto de mim, juntinho.
Vem curar-me desta velha ressaca
Que o nosso desejo pega de estaca...
Quero crescer contigo, de mansinho.
Sempre ansiosa pelo teu carinho
Meu coração bate que nem matraca;
Tu sabes bem como a carne é fraca…
E tu és pedaço de mau caminho.
Perdidos, os corpos entrelaçamos
Num manancial de gestos ardentes;
Belos instantes que há muito ansiamos.
Cabeça quente, ideias coerentes
A paixão, assim, exteriorizamos:
Em doces gestos e olhares indecentes.
27/04/2018
Lucibei@poems
Lúcia Ribeiro
In “Sonetando”