MALEDICÊNCIA
Folgo em saber-te feliz!
Mas que, afinal, é o amor?
Breve perfume ao nariz?
Arranjo de morta flor?
Saúdo vê-lo tão jovem!
Mas que vale a carne firme?
Se reto os anos nos movem
ao fim, nem sempre sublime.
Festejo a tua fortuna!
Mas que não seja má aluna
da ética, que o ouro espalma.
Para mim, basta a inveja.
Que no meu peito, troveja
sem dó, retalhando-me a alma.