SUBMUNDOS DANTESCOS
Ante a escuridão desses submundos infernais
Inflamados pela voracidade de tamanha violência,
Percebo as sombras camufladas da indigência
Crescendo em meio aos sentimentos mais brutais.
Sinto na metrópole o espectro das misérias existenciais
Que esfriam de tantos corações o calor do puro amor.
Pelas suas ruas sinistras vejo as chagas do amargor
Dando impulsos para o caos das convulsões sociais.
Frente a escuridão desses submundos esquecidos,
Respiro com o coração desolado os aromas doentios
De tantos marginalizados nos seus vícios oprimidos.
Nesses mundos povoados por caminhos sombrios,
Por caminhos que cegam os seres moralmente falidos,
Apenas se descortinam abismos, absurdos e vazios.