Na mão de uma criança estava uma pomba branca
Ela não voava, pois talvez tivesse as asas cortadas
A sua volta era só escombros caídos e muito entulho
Entre rios de sangue inocente nas ruas da cidade...
Rosto sujo, olhos expressivos e roupas rasgadas
Com fome, com frio, desorientado e com medo
Vagueia pelos escombros a pobre criança inocente
Escutando a sirene de novo e mais bombas vão cair!
E eu vejo e escuto tudo e sem eu poder fazer nada
Vejo o coração bater apressado no medo da guerra
E o menino lá se esconde sobre um prédio desfeito...
Com a sua pombinha branca, guardada em seu regaço
Delicadamente como se ele fosse o seu anjo da guarda
A terra estremeceu, o menino caiu a pobre pomba voou!