Gaivota
Vagando sozinho pelas areias da praia
Em uma manhã de céu cinza vestido de chumbo,
Avistei uma solitária Gaivota que voava
como se estivesse regressando do além-mundo.
Lutando teimosamente contra o vento
E contra as ondas enfurecidas do mar
Em um mergulho repentino e violento
A Gaivota dançava entre o céu e o mar
Pobre Gaivota, que voava solitária e errante
Na leveza pesadíssima do ar!
No fundo somos semelhantes...
Eu, solitário, pobre e errante
Entre o céu, a terra e o mar
Nossa única diferença, Gaivota... É que eu não sei voar!