Dor Latente
Dói, essa Dor consome meus ossos
Feito ferrugem corroendo o alumínio;
Todos os dias, choram os meus Olhos...
Ardente febre, Doença do teu domínio.
Dói o dia todo... ao findar da Tarde,
Quando a Noite chega, dói mais ainda...
O vento frio, a chuva de inverno invade;
É uma dor latente, crucia-me, infinda.
O silêncio gritante, estridente n'alma
Presos, inauditos dum estardalhaço...
Num aperto penoso, nada me acalma.
Nostalgia duma ilusão de paraíso;
Refugiada nesse intrínseco labirinto
Estranhando a afeição do teu sorriso.