SONETO DE CULPA
A culpa é para mim sombra
Que no escuro me habita
Na angustia jamais dita
Do meu eu que me escombra
No horror que me assombra
Ah! a culpa tão maldita
No clarão que se limita
Ao negror de minha sombra
Esta culpa que me segue
Que me é; me tem inteira
Me consome pela beira
E no fim não tem quem negue
Que a culpa, a traiçoeira
Faz-se em sombra companheira.