Flâmula
Quisera eu ser tenro como um corvo
Que antempo vem dizer-nos: da morte;
Ao redor dos traços pérfidos do algoro
Delírios que causa na carne um corte.
Essa flâmula ardente, é a minha prece,
Deusa das Sombras que viaja na noite
Beija à escuridão em sua alma enaltece;
Sussuros de vozes, agonizando.
Seja pela beleza de uma rosa vermelha,
Ou pelo frio num corpo já desfalecido;
Olhos fechados e nenhuma centelha.
Do céu um fogo flamejante, assustador,
Verás a dura profecia sendo cumprida
Um caos apocalíptico e arrebatador.