TRISTE SILÊNCIO
Teu silêncio incita um fragor no vão de minh’alma
E alimenta a dor de uma tristeza profunda
Queixo-me à tua ausência, não encontro calma
Para secar o pranto que meu olhar inunda
Se em teu peito já não há a doce saudade
E minha insensatez te induziu a partir
Suplico em silêncio por tua piedade
Pois ainda me resta uma alma a vagir
Onde está a tua clemência
Por que fazes prantear assim meu coração
Tirando o sentido de minha existência?
Liberta-me pois desta cruel solidão
Rogo-te entre lágrima tenha complacência
Diga-me que ainda sou a tua paixão!