Anjos Exilados
Sou aquele anjo bem ali caído,
Na sede do primeiro verbo amar
Jogado, traído e esquecido...
Cativo num cárcere, pude provar.
Todos os gostos amargos da Dor.
Uma tempestade que não cessa...
O lado sombrio envolto do Amor;
Nos meus olhos chuvosos, expressa.
Tive o meu coração remendado,
Tecido com restos e reinventado
Não nos ensinam a "desamar"...
De onde vim, anjos não podem amar.
Às vezes viram cinzas, somem no ar;
Deus nos exilou do paraíso, pecamos!